domingo, 29 de agosto de 2010

Control - A história de Joy Division e Ian Curtis

Hey amigos,
Ainda que atrasado, finalmente conferi o filme Control, que narra a trajetória do vocalista do grupo Joy Division, Ian Curtis.
Confesso que deu até vontade de revisitar a curta e brilhante obra do grupo, coisa que já comecei a fazê-lo, agora já ...
O filme do diretor Anton Corbijn é bacana, mas privilegia pouco a carreira do grupo em detrimento do complicado triangulo amoroso de Ian, vivido entre sua esposa e "a outra". Poderia ser algo mais simples e mostrarem mais o grupo em ação. Confesso que esta parte da história cansa um pouquinho. O ator Sam Riley faz um belo trabalho além de se parecer muito com o verdadeiro Ian Curtis.
Outro ponto negativo é o fato de o restante do grupo praticamente passar desapercebido no filme. Musicos como Bernard Summer, Peter Hook e Stephen Morris não eram exatamente musicos tão passivos e apagados como o filme demonstra (e basta conferir o que aconteceu com o grupo que criaram nos anos oitenta...). Mas entre acertos e erros, o saldo final é positivo.
Outro destaque do filme são as músicas que acompanham algumas cenas. Desde David Bowie e Roxy Music no inicio, passando pela fase punk com Sex Pistols e Buzzcocks e fechando com ícones como Iggy Pop (tem uma cena que Ian viaja ao som do disco The Idiot, de Iggy) e Lou Reed. Alias a filmagem em preto e branco acerta na mosca. Nada mais Joy Division do que isto... alias, a cena musical inglesa entre 76 a 80 é até bem retratada.
Sobre a carreira de Joy Division, podemos dizer que não existem pontos fracos. Seus álbuns originais, Closer e Unknown Pleasures, passando pelas compilações de inéditas Still, Substance e o box Heart and Soul, são todos repletos de belíssimos momentos e que fizeram do grupo um capítulo único na história do movimento pós punk dos final dos anos setenta.
Depois da morte (suícidio) de Ian em maio de 1980, o grupo deu uma guinada na carreira e criou o também ótimo New Order, ditando as regras nas pistas de dança do mundo inteiro com belissimos trabalhos - ainda que bem distante do que fazia o Joy Division... (e isto é uma história totalmente diferente...). Felizmente estive no show dos caras no Ibirapuera no inicio de 1989. O som era péssimo, mas não deixou de ser um show histórico !
Apesar de alguns destes pontos, Control vale muito pena. Depois de ver o filme é só correr para os discos e rememorar este brilhante grupo ... Como diz o outro, veja o filme, ouça os discos... Joy Division é coisa fina !
até a próxima,

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